Umbanda, uma religião musical
Orixás, patuás, batuques, rituais – toda uma mistura que funciona e se agrupa como algo definido a partir da diversidade. No Brasil, que estampa na cara de seu povo o legado da miscigenação, outras esferas sócio-culturais também andaram se mesclando e originaram as “coisas típicas” de uma nação atípica. A vinda dos negros africanos para o Brasil, somada à já instalada cultura tupi-guarani, ao catolicismo dos brancos e posteriormente ao espiritismo de Kardec fez nascer uma nova religião.
Umbanda - uma combinação de candomblé, santos católicos, comunicação com os espíritos. O tripé da umbanda é formado pela imagem do preto-velho (antigos escravos), do caboclo (índio nativo) e do exu (orixá africano mais ligado ao homem). Eles são responsáveis por comandar os trabalhos ritualísticos e levar ao homem tudo o que ele necessita para se aperfeiçoar moral e espiritualmente.
Canto, palmas, atabaques, agogôs, sinos, adejás - o som produzido nos rituais ajudam o cérebro a alterar sua frequência de ondas, facilitando assim aos médiuns a conexão mediúnica com seus guias. A batida dos atabaques, chamados de “a voz dos orixás”, auxiliam no transe mediúnico alterando o giro dos chakras responsáveis pela incorporação.
A musicalidade umbandista é que marca os pontos para cada momento da gira (reuniões de trabalho na Umbanda. As giras fazem referência ao giro cósmico universal).
A música tem a capacidade de elevar nossos padrões vibratórios e de pensamento ajudando a estabelecer contato com esferas mais elevadas. Vide os padres Fábio de Melo da vida, a música pode também ser usada para atrair fiéis e/ou os manter. Por outro lado, sem tais propósitos, mas que muito ajudaram a difundir a cultura umbandista, artistas como Clara Nunes e Rita Ribeiro rearranjaram os cantos da religião e hoje, mesmo quem não aprecie a Umbanda, entusiasma-se com os cantos dos orixás.
(Ambos os textos foram retirados do site www.jfempauta.com)
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